A brisa branca veio me buscar pela janela.
calma, silenciosa, pairando sobre a rua inteira chegou no 13°andar.
Todos da quadra que olhassem pela janela poderiam se sentir convidados por ela,
mas acho que poucos olharam, pois não encontrei quase ninguém quando vim pra cá...
Me agarrei na beirada da névoa que adentrava o apartamento,
e em um segundo já mergulhava nas nuvens.
Daqui, vejo alguns que dançam a unidade
outros que choram a diferença
mas toda semelhança há entre uns e outros
já que pouco dá para se distinguir de onde estou.
Ve-se e sente-se claramente só a grande névoa
que encobre as cabeças e faz tudo parecer um só
como quando só há música em meus ouvidos e nada mais,
ficando tudo permeado do mesmo.
E eu aqui, no meio do fofo, do branco
aproveito o quanto posso
para saber que das Mulheres, essas com letra maiúscula
A Criação, a Destruição, a Tolerância, a Exuberância, a Aceitação
podem me dar carona quando a neblina chega na janela...
só é preciso reconhecer
e chegar um pouco mais perto
3 comments:
Por onde anda esta doce e suave névoa?
Ajuda-me, meu irmão a encontrá-la, pois sei que não resistirei ao sutil convite dela. E é isso que eu quero e preciso! Despir-me das efemeridades materiais cotidianas e sentir a pureza da felicidade descompromissada.
Eu me pergunto é: Onde essa brisa acabará levando esses vates? Parabéns Crodinho.
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