Tuesday, October 14, 2008


A brisa branca veio me buscar pela janela.

calma, silenciosa, pairando sobre a rua inteira chegou no 13°andar.

Todos da quadra que olhassem pela janela poderiam se sentir convidados por ela,

mas acho que poucos olharam, pois não encontrei quase ninguém quando vim pra cá...

Me agarrei na beirada da névoa que adentrava o apartamento,

e em um segundo já mergulhava nas nuvens.

Daqui, vejo alguns que dançam a unidade

outros que choram a diferença

mas toda semelhança há entre uns e outros

já que pouco dá para se distinguir de onde estou.

Ve-se e sente-se claramente só a grande névoa

que encobre as cabeças e faz tudo parecer um só

como quando só há música em meus ouvidos e nada mais,

ficando tudo permeado do mesmo.

E eu aqui, no meio do fofo, do branco

aproveito o quanto posso

para saber que das Mulheres, essas com letra maiúscula

A Criação, a Destruição, a Tolerância, a Exuberância, a Aceitação

podem me dar carona quando a neblina chega na janela...

só é preciso reconhecer

e chegar um pouco mais perto

3 comments:

Inside out said...
This comment has been removed by the author.
Inside out said...

Por onde anda esta doce e suave névoa?
Ajuda-me, meu irmão a encontrá-la, pois sei que não resistirei ao sutil convite dela. E é isso que eu quero e preciso! Despir-me das efemeridades materiais cotidianas e sentir a pureza da felicidade descompromissada.

Alexunder Curwen said...

Eu me pergunto é: Onde essa brisa acabará levando esses vates? Parabéns Crodinho.