Sunday, March 29, 2009

Comunicação


Vamos lá, senhoras e senhores, a um assunto que acredito ser de extremo interesse para todos nós. A tal da comunicação interpessoal.
Todos dias nos deparamos com centenas de milhares de situações em que devemos falar, fazer gestos, escrever, etc´s e tais com as pessoas ao nosso redor. Isso define boa parte da nossa capacidade de transformar, interagir e sermos no mundo.
Pois bem, qual é a estratégia mais adequada para interagirmos com as outras pessoas?
Você prefere adotar a política de "vou limpar minha alma" ou "vou ser polido"?
Vamos à explicação de cada uma delas:
1 "limpar minha alma" - limpar a alma se refere a adquirir um compromisso com a sua verdade mais espontânea e repassar isso aos outros. Não fantasiar de artimanhas para diplomatizar a fala. Ser cru, e com isso expor as mágoas dos feridos ou a couraça dos desprovidos de sentimentos.
2 "vou ser polido" - a polidez se refere a contornar as situações de maneira diplomática. Usar dos entalhes para rebuscar as sua intenções e vestir na fala uma roupagem não íntima, elaborar uma tática para incluir ameninades e gentilezas nas suas intenções.

Vantagens x Desvantagens:

Dentro da primeira forma eu vejo a vantagem de nunca correr o risco de enganar o outro ou a si mesmo. Ser sincero com a espontaneidade te leva a enfatizar o âmago do indivíduo e te expõe o suficiente para que ou gere uma forte relação de simpatia ou um repúdio igualmente forte. Por conseguinte, há aqui um risco maior. É mais fácil criar animosidades e conflitos.

Já na segunda forma, vejo como vantagem de que as amenidades são levadas ao convívio e a relação desgasta-se com menos facilidade. A diplomacia, no entanto, pode ser um limiar estreito demais para poder diferenciar a verdade da mentira, e o risco está em criar situações que não se encaixem com a coerência e inteligência do seu indivíduo.

Existem mais maneiras para a expressão e comunicação em geral que não citei aqui. Gostaria que ponderasse sobre as maneiras de encarar a comunicação e, diga-me, qual delas você prefere? em qual delas você se enquadra? qual delas você acha mais interessante?
Claro, vão dizer: "existe um equilíbrio entre uma forma e outra" , "temos de ser razoável e aprender a nos comportar de maneira adequada conforme a situação". Mas faça um esforço, escolha uma, mesmo que não esteja exatamente coincidente com o que pensa, mas que assim possamos saber de como estão ou as nossas pretensões para a comunicação na média das situações.

Gostaria muito de ouvir ou ler a sua opinião a respeito. Se não quiser deixar um comentário nesse post, escreva para henrisiro@gmail.com

Obrigado

6 comments:

Monique Fernanda Kubo said...

Apesar de já saber minha opinião lá vai:

Acho q fico com a "vou limpar minha alma"

Acho mto mais digno de alguém mostrar a verdade em si. Seja ela boa ou ruim. Acredito tbm que estar de bem com o meu 'eu' é uma forma de mostrar o meu caráter.

Concordo com as vantagens e desvantagens do começo ao fim!

=)

Cíntia said...

Minha verdadeira opinião sobre é ser sempre sincero...pq é natural!
O que tem que ser planejado já não faz parte do que naturalmente deixaria alguém feliz!
Ser natural é deixar a natureza te guiar...acredito que a falta de conexão com a natureza nos torna pouco naturais e muito infelizes!

Inside out said...
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Inside out said...

a Sinceridade é muito valiosa, caro amigo.

Mas o que dizer daqueles momentos em que, no ápice da dor, da raiva, da angústia ou coisa que as valha, achamos que estando sinceros e na verdade estamos sendo maldosos, acusativos, ou pisantes no mais doloroso calo de nossos queridos?

Acho que é por isso que me afeiçôo à diplomacia. Diplomacia primeiro, para apurar os fatos, entender o que se passa, e só então despejar a verdade sobre o que sente - seja esta verdade positiva ou negativa.

Tenho dito!

Abrax

Bortoli J. C. said...

Meu caro amigo, achei seu post tão interessante, que atualizei meu blog com uma resposta sobre o assunto.
Passe lá se quiser.
Abraço.

Carolina said...

A diplomacia pode carregar um alto quê de verdade, não apenas amenidades, e a verdade nua e crua dificilmente é amena e diplomática.