Ahhhh.... como a tolerância me tenta. Cá fica ela, me sussurando suas atenuações e seduções. Me fala das suas vantagens como quem se delicia com o doce de um chocolate feito de vida. SAFADA! É como diva sexual. Os lábios vermelhos, silhueta esguia, olhar de canto, carne libidinosa, convida qualquer intelectual a abandonar suas razões e conclusões para se entregar indiscaradamente aos seus torneios. Quando a vejo, toda a lógica parece perder o sentido, não há justiça no mundo que se justifique perante seus encantos. Quando brilha em sua transparente presença, entoando, em forma de pensamentos, o canto das condolescências, faz qualquer sede pelo direito parecer insensata, qualquer tentativa de conserto uma aberração, toda ânsia pela ordem uma lição do que não se faz, toda batalha pela paz uma esquisitice por essência.
E aí vejo o mundo reclamando pela justiça de deus, pedindo a todo o senhor que uma centelha do que é certo seja derramado em nossas cretinices, mas não percebem estes de que a justiça de deus é o oposto do que procuram. Ela só sabe que não ir atrás de pagar os erros, mas sim, liberar de sentenças os apodrecidos é a maior justiça do mundo, recompensando ao tolerante toda, e duas vezes mais, florescências que recebe o tolerado.
Engrandeço-me
6 years ago