Sunday, July 15, 2007

Sem título

sobre um email que dizia estar o Ponto G feminino na raiz dos ouvidos, junto a maciez e o afago dos sussuros e respiros de amor de seu amado amante que ali os declamam.

"Requisitam, as mulheres, mais palavras de amor. Céus! como dói para um pequeno viajante desse mundo esse requerimento para sua sina. Qual é o infortúnio de alguém que se sente requisitado pelas expressões que deveriam abranger a magnitude de deus? sussura-las, ainda, inebriantemente a ouvidos necessitados, sedentos por um toque de Midas em sua íntima alma? pedintes por significados de vida, mendigos pela grandeza. Ó egoísmo sórdido e canalha! Se fazem roubadas da significância primorosa da vida, colocam em nossas costas a culpa pelos seus desprezos e despem-se para mostrar-nos toda a nudez de sua insatisfação conosco, homens, por comportarmo-nos como rio seco de água enquanto deveríamos ser, igualmente as suas imaginações, servidores da fonte infinita de mel.
Querem colocar em meus ombros o fardo de ser um parafraseador do amor. De onde tirarei forças para descreve-lo se nem sei da onde tiro forças para conhece-lo? O amor mal se demonstra às consciências e querem, todas elas, em louvor e cantico, que verbalizemos oque não conseguem propiciar que sintamos.
Me sobra amar em silêncio, da maneira que conheço, nesse mundo de mulheres loucas, que acreditam que relacionamentos são fonte de amor, enquanto vejo que têm sido só de doenças."

Henri S. Evrard

5 comments:

Augusto Tanaka said...

man, you are sucha a pedant!

Alexunder Curwen said...

E tenha dito!

Inside out said...

Espero eu, meu amigo, que por mais que pareças certo, estejas equivocado!
Que os relacionamentos, ao menos alguns deles, aqueles seletos como trigo em meio ao joio, estes sim sejam capazes de trazer também a fonte infinita do mel, as alegrias do amor.

francielleb. said...

Aaah, Henri. Adoro como fala das mulheres. Todo lindo seu blog. Parabéns. Um beijo.

Unknown said...

resolvi enfim clicar no link que voce postou no meu orkut e me deparei com esse sensível ensaio sobre o amor e sua carencia de sentido, sobre aqueles cuja fôrma lhes deu a forma que- a menos supostamente - lhes proporcionaria evidente e inequívoca completude, e , no entanto, demonstram a ininteligibilidade cega de faces opostas de uma mesma moeda...
parabéns, amigo!