Tuesday, December 23, 2008

Se eu fosse um trapo, com os fios desleixados e empoeirados,
engrossado por ficar entre aquele piso gelado e aquela sola pesada,
amordaçado, sem conseguir falar uma só palavra

Com a terra que machuca, não me importaria,
com o solado que mói, nada me seria dor,
mas pela palavra que não sai,por essa garganta incapaz dos sons,
essa sim, me horripilaria!

já que a explosão do meu coração seria da necessidade,
pois de importante só isso,
de dizer para você, unicamente, como se fosse a(o) última(o) do mundo:
"meu coração só é grande porque esteve contigo"
"e quanto mais posso colocar meu coração aí onde você está, maior vou conseguindo ser"
"obrigado você por existir... obrigado..."

2 comments:

Cíntia said...

Que lindo...sempre a visão belas das ocasiões que fazem o poeta ainda mais sensivel!
Feliz Natal menino doce!

Inside out said...

o mero pensamento acerca de uma remota possibilidade de haver tal existência digna de agradecimentos tão velados também para o meu ser deixa-me preocupado, pensativo e quem sabe invejoso. Estarei equivocado em pensar assim, caro amigo?