Wednesday, September 09, 2009

A extensão

Pois vejam que uma criança me atazanou esses dias. Não pude compreender porque ela ficava me encomodando com aquele carrinho enorme, que mal suas mãos miúdas conseguiam envolver. E ficava lá me acalcando aquele carrinho no prato, no garfo, no olho, dentro do cérebro, coração! Ora! 'Não pode parar de me encomodar?', pensava eu, ao mesmo tempo que nada fazia na vida real para que ela parasse com aquelas acrobacias aparentemente inocentes.
Mas vejam vocês que ela não fazia a mínima idéia do que aquela brincadeira, não aparentemente inocente, mas inocente de verdade, estava repercutindo ao seu arredor. (nota: meu âmago é o arredor de uma criança).
E ela seguia assim, sem a mínima preocupação ou entendimento de até onde chegava o seu carrinho. O pior é que quando crescer talvez haja um pouco mais de luz em seus olhos para ver até onde chegam suas virtudes ou vícios. Mas só um pouco mais, pois a verdade é que nesse quesito, "qual é a repercussão dos nossos atos? Qual é a verdadeira extensão dos nosso braços?", parece que nos mantemos infantis até o dia em que morremos...

beijos